sábado, 5 de agosto de 2017

As Leis de Ohm e o Anel de Thomson

O cientista Georg Simon Ohm (1787 – 1854), a partir de suas medidas experimentais, chegou à conclusão de que todos os materiais sujeitos a uma diferença de potencial apresentam uma resistência de valor constante à passagem da corrente elétricaDesta forma, sendo a resistência elétrica uma constante, a intensidade da corrente elétrica cresce proporcionalmente ao valor da tensão aplicada, obedecendo à seguinte expressão:

                              R = U/i

Sendo:
R → Resistência Elétrica (Ω)
U → Tensão (V)
i → Corrente Elétrica (A)

Mas esta equação é satisfeita para resistores ôhmicos e não ôhmicos. Portanto não deve ser utilizada como uma declaração da Lei de Ohm, tendo como válido apenas a expressão verbal citada anteriormente.

Analisando graficamente, observa-se que o coeficiente angular da equação, dado por U/i resulta na resistência elétrica, constante para qualquer diferença de potencial. Obviamente, há um limite de validade para esta, que é denominada a primeira lei de Ohm. Para tensões muito altas, a resistência acaba não tendo um comportamento linear. 

A segunda forma, conhecida como segunda Lei de Ohm, relaciona a resistência elétrica com as dimensões do objeto e as características do material de que ele é composto. Para tanto, foi considerado um objeto de um material de resistividade ρ, dimensões cilíndricas de comprimento L e área de seção transversal A. Através de suas análises, este cientista concluiu que a resistividade de cada material é constante para qualquer Campo Elétrico aplicado, e desta forma, poderia obter uma expressão para determinar a resistência elétrica. Esta propriedade, segundo Ohm, é diretamente proporcional à resistividade do material, ao comprimento e inversamente proporcional à área de seção transversal do respectivo objeto.

Matematicamente, assume a seguinte forma:

                              R = ρ.(L/A)

Sendo:
R → Resistência Elétrica (Ω)
L → Comprimento do material (m)
A → Área da secção transversal (m²)
ρ → Resistividade elétrica do material (Ω.m)

É válido lembrar que apenas esta última é verdadeiramente condizente com o enunciado da Lei de Ohm. Esta lei é válida para certas faixas de temperaturas e de campo elétrico aplicados. Desta forma, os resistores são considerados ôhmicos porque obedecem à Lei de Ohm dentro dos limites de tensão aplicados no local do circuito ao qual compõe. Alguns dispositivos à base de semicondutores, como diodos e transistores não são ôhmicos (HALLIDAY - 2007).

Diante disso, a aplicação das Leis de Ohm para o projeto são de extrema importância para o cálculo da Resistência Elétrica (através da segunda lei) e Corrente Elétrica (através da primeira lei) para que dessa forma, posteriormente, seja possível comparar a Força Magnética produzida pela bobina com a Força Peso sofrida nos anéis utilizados.

Referências bibliográficas:
HALLIDAY, David, Resnik Robert, Krane, Denneth S.  Física 3, volume 2, 5 Ed. Rio de Janeiro:  LTC, 2004.  384 p.

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