É conhecido também como levitação magnética e para ocorrer é necessário um campo magnético com características especiais e com intensidade relativamente alta
terça-feira, 22 de agosto de 2017
CONSTRUÇÃO DO PROJETO COM TESTE (VÍDEO)
No vídeo abaixo é possível analisar os passos para a construção do Anel de Thomson e o teste demonstrando seu funcionamento.
Memorial de Cálculo
Antes de explicar sobre
os cálculos realizados, gostaria de falar um pouco sobre as propriedades
magnéticas dos anéis que foram utilizados no projeto. Mas por quê? Foram
utilizados anéis de Ferro, Alumínio, Cobre e PVC. Cada um deles possui ou não
propriedades magnéticas, com isso, podemos saber qual será o efeito causado no
material quando o interruptor permitir a criação do campo magnético. Com isso,
teremos:
Ferro → Propriedade:
Ferromagnético (Será atraído fortemente pelo campo gerado).
Alumínio → Propriedade:
Paramagnético (Possui elétrons desemparelhados e quando for submetido ao campo
da bobina, seus elétrons ficarão alinhados no mesmo sentido do campo ao qual
foi submetido).
Cobre → Propriedade:
Diamagnético (Não será atraído pelo campo pois seus átomos criam um campo de
sentido oposto).
PVC → Não possui
propriedades magnéticas. Já que, é oriundo de orgânicos poliméricos sintéticos.
O primeiro passo que
tivemos para os cálculos foi determinar a força peso de cada anel para que
dessa forma, pudéssemos encontrar uma força magnética relativamente superior ao
do material que possuir a maior. Sendo assim, através da massa específica de cada
um, determinamos suas massas da seguinte forma:
mmaterial
= ρmaterial.V
Sendo:
m → Massa (Kg)
V → Volume (m³)
ρ → Massa Específica
(Kg/m³)
Dados:
h = 8 mm → 8.10-3 m
r = 50 mm → 5.10-2m *Volume dos anéis : (V = π.r².h) →
V = 2π.10-2 m³
Logo:
mCobre
=
0,558 Kg
mAlumínio
=
0,169 Kg
mFerro
=
0,496 Kg
mPVC
=
0,085 Kg
Após obter as massas,
calcularemos a força peso para cada material através da segunda lei de Newton
dada por:
F
= m.a
Sendo:
F → Força (N)
m → Massa (Kg)
a → Aceleração (m/s²)
Neste caso, a força
será a força peso representada pela letra “P” e a aceleração será a da
gravidade representada por “g”. Teremos:
*Considerando g = 9,81
m/s²
PCobre
= mCobre
.
g = 5,474 N
PAlumínio
= mAlumínio
.
g = 1,658 N
PFerro
= mFerro
.
g = 4,866 N
PPVC
= mPVC
.
g = 0,85 N
Com isto, temos todos
os dados necessários relacionados ao conhecimento mecânico do projeto.
Percebemos, que, o material com maior força é o cobre. Logo, necessitaremos que
nossa bobina produza um valor que supere este. Coisa que, iremos determinar em
seguida.
Mas antes disso, através
das Leis de Ohm, determinaremos a resistência do fio e posteriormente a corrente
elétrica que passará no mesmo. E para isso, foi utilizado uma tabela AWG que
nos forneceu o diâmetro e a área da secção do fio nº 29, foi utilizado essa numeração devido ao custo-benefício pois era o que teria a corrente dentro da faixa desejada e economicamente viável. Permitindo então encontrar a resistência através da segunda Lei de Ohm
dada por:
R = ρ.L/A
R → Resistência Elétrica (Ω)
L → Comprimento do fio (m)
A → Área da secção (m²)
ρ → Resistividade Elétrica (Ω.m)
Dados:
Diâmetro do fio = 0,2859.10-3 m
Diâmetro de uma espira = 0,04 m
L = 2π.r → L = 0,04π. m (Porém, como serão 600 espiras, multiplicamos este valor por 600). → L = 75,3982 m
L = 2π.r → L = 0,04π. m (Porém, como serão 600 espiras, multiplicamos este valor por 600). → L = 75,3982 m
Área da secção = 6,47.10-8 m
ρ = 1,72.10-8 Ω.m
Sendo assim, teremos:
R = 20,044 Ω
Em seguida, utilizaremos a primeira Lei de Ohm para
determinar a corrente elétrica que será dada por:
R = V/I
R = V/I
Sendo:
R →
Resistência Elétrica (Ω)
V → Tensão (V)
I → Corrente elétrica (A)
Dados:
R = 20,044 Ω
V = 220 V
Teremos:
I = 10,98 A
Desta forma, passaremos
agora a tratar sobre o eletromagnetismo, partindo então, para o cálculo do
campo de fluxo magnético e a força magnética para assim, comparar com as forças
peso calculadas anteriormente.
É importante citar,
que, foi escolhido o valor de 600 espiras para a montagem do projeto. Pois,
quanto mais espiras, maior será o campo e consequentemente a força magnética.
Evitando então, que a bobina não tenha a força desejada.
A fórmula para o campo
magnético será dada por:
B = n.I.µ/L
Sendo:
B →
Campo do fluxo magnético (T)
n → Número de espiras
I → Corrente Elétrica
(A)
L → Comprimento da
solenoide (m)
µ → Permeabilidade
magnética do vácuo (T.m/A)
Dados:
n = 600 espiras
I = 10,98 A
L = 75,3982 m
µ = 4π.10-7
T.m/A
Logo:
B = 0,1098 mT
Em seguida,
calcularemos a força magnética da seguinte forma:
FMag
= B.I.L.sen(ө)
Sendo:
FMag → Força
Magnética (N)
B → Campo Magnético (T)
I → Corrente Elétrica
(A)
L → Comprimento da
solenoide (m)
ө → Ângulo entre o
Campo e a Corrente
Dados:
B = 0,1098 mT
I = 10,98 A
L = 75,3982 m
ө = 90°
Logo:
FMag = 0,09 N
E assim, concluímos os
nossos cálculos para determinar a força magnética que será produzida pela
bobina e com este valor poderemos falar sobre o efeito em cada um dos anéis
citados no início do texto.
O anel de Cobre é o que
possui o maior peso. Sendo assim, ele sofrerá a influência da força magnética
porém a força oposta que é a peso será maior, então não ocorrerá a levitação
magnética.
O anel de Ferro, também
possui uma força peso maior. No entanto, a sua propriedade magnética que foi
citada anteriormente, fará com que este seja atraído, ou seja, ele se moverá
porém ele não levitará nem será movido para cima, sofrerá apenas o movimento de
atração.
O anel de Alumínio,
possui uma força peso bem menor do que a força magnética, e de acordo com a sua
propriedade magnética, os seus elétrons se alinharão com o campo. Logo, pode-se
concluir que ele sofrerá a levitação magnética.
O anel de PVC, como já
citado anteriormente, não possui propriedades magnéticas. Sendo assim, ele não
sofrerá nem atração nem repulsão, permanecerá em seu estado natural pois devido
a composição de seu material ele não sofrerá influência magnética.
Agradecimentos
Olá leitor,
"O talento vence jogos, mas só o trabalho em
equipe ganha campeonatos"-Michael Jordan
Essa frase resume tudo que aconteceu na realização
deste projeto, pois além de cada membro da equipe se empenhar para fazermos
algo bem feito e que funcionasse, alguns amigos nos ajudaram muito e o mínimo
que podemos fazer é agradecer a grande ajuda deles são eles: Anderson
Almeida Teles, Antonio Freitas Júnior, Giovanna Wen Ferreira,Ítalo
Antonio de Santana Amorim, José Gilson Ferreira da Silva Júnior e Laís Moreira
Silva. Além deles, gostaríamos também de agradecer a nosso Professor Targino
Amorim Neto, que com esse projeto nos deu o objetivo de engenhar, de entender
como um engenheiro em sua vida cotidiana pensaria parar resolver problemas
que foram encontrados na execução do projeto, nos aproximando da realidade que
nos aguarda ao término do curso e também agradecemos ao nosso orientador José
Vicente Cardoso Santos que sempre, em todas as ocasiões sempre nos ajudou nos
direcionando o que fazer.
Deixamos aqui o nosso muito obrigado!
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